![agricultura_lagarta_falsa_medideira (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo) agricultura_lagarta_falsa_medideira (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)](https://s2.glbimg.com/_ycLHfBUp832mtcVnAcXwZGgeqM=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2014/03/23/cascavel2.jpg)
Quando os insetos da ordem dos Lepidoptera estão em seu primeiro estágio larval, são chamados de lagartas. Elas têm aspecto de vermes e podem apresentar vários pares de patas. Apesar de parecerem inofensivas, muitas lagartas podem ser prejudiciais para as lavouras.
E como combatê-las e evitá-las no campo? Quais são as lagartas perigosas? A Globo Rural tira algumas destas dúvidas a seguir:
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1) Lagarta bicho cigarro: é possível eliminá-las das árvores?
![gr-responde-lagarta-bicho-cigarro (Foto: Liria Daiana/ Arquivo Pessoal) gr-responde-lagarta-bicho-cigarro (Foto: Liria Daiana/ Arquivo Pessoal)](https://s2.glbimg.com/BXN_YiQULrr5__amt3L91C2Z07Q=/780x440/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2017/03/31/liria-daiana5.jpg)
O ataque da lagarta Oiketicus geyeri (Lepidoptera, Psychidae) ocorre quando ela se tornar adulta e se reproduz na forma larval dentro do próprio cesto, e as fêmeas, sem conseguir voar, espalham-se pela planta. , normalmente é difícil se apresentarem como pragas importantes, principalmente considerando que seu ciclo biológico é longo – cerca de oito meses –, além das dificuldades já mencionadas. Portanto, dificilmente há necessidade de se efetuar um controle químico. Saiba mais no GR Responde.
2) A lagarta-serpente é perigosa?
![lagarta-serpente-gr-responde (Foto: Rodrigo Barbosa/Acervo pessoal) lagarta-serpente-gr-responde (Foto: Rodrigo Barbosa/Acervo pessoal)](https://s2.glbimg.com/29q0rnqAO8zGNyeud1NYzQvfHuY=/780x440/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2016/11/09/8_OkCcAJF.jpg)
A lagarta da ordem Lepidoptera (mariposas e borboletas), pertencente à família Sphingidae e à espécie Eumorpha labruscae. É uma das várias lagartas de mariposas que mimetizam cobras para se proteger de predadores. não possuem veneno e não fazem mal à saúde do ser humano. Conheça mais o bicho.
3) Lagartas no maracujazeiro: como fazer para combatê-las?
O maracujazeiro pode sofrer ataque de diversas lagartas, sendo duas as mais frequentes: Dione e Agraulis vanillae. O ataque das duas provoca redução da área foliar, retardando o crescimento da planta, o que pode afetar a produção. Os prejuízos são mais acentuados em plantas jovens, pois podem causar desfolhas totais e levá-las à morte. Em áreas pequenas, recomenda-se o controle por meio da catação manual e, em extensas, indica-se um inseticida biológico à base de Bacillus thuringiensis, em aplicações semanais, na dosagem de 100 gramas por 100 1itros (300 a 600 1itros por hectare de calda). Existem outros produtos registrados para a cultura. Para saber mais, acesse o GR Responde.
![maracujá-gr responde (Foto: Rosimar Gonçalves) maracujá-gr responde (Foto: Rosimar Gonçalves)](https://s2.glbimg.com/o-SO6yCeCCK-JfJl6ewzP5q4-Qg=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2018/01/15/rosimar-goncalves2.jpg)
4) Existe algum modo de eliminar lagartas que deixam o maracujá escuro e com furos?
Danos deste tipo em plantações caseiras devem ser tratadas com repelentes naturais. Corte 1 quilo de cebola, ou cebolinha verde, e misture em 10 litros de água. Após curtir por dez dias (sete, no caso da cebolinha), utilize 1 litro da solução para 3 litros de água para, enquanto houver frutos, pulverizar a planta semanalmente no fim de tarde.
Uma opção também é juntar 100 gramas de ramos e folhas de cravo-da-defunto picados com 100 mililitros de acetona. Após 24 horas de descanso, adicione à mistura 2 litros de álcool. Com 1 litro da solução em 10 litros de água, pulverize o maracujazeiro. Outra sugestão de controle é usar uma parte de manipueira – suco de aspecto leitoso extraído quando se espreme a mandioca ralada – para uma parte de água, com acréscimo de 1% de açúcar ou farinha de trigo. Aplique na planta a cada 14 dias. Pode-se ainda utilizar no fim do dia o óleo de nim, que é vendido em lojas de produtos agropecuários. Saiba mais sobre repelentes naturais.
5) Qual lagarta não pode entrar na lavoura de jeito nenhum?
A Helicoverpa armigera, nome científico da lagarta que devora lavouras de soja, algodão e feijão. Desde 2013, o inseto já causou prejuízos estimados em R$ 10 bilhões à agricultura brasileira, e ainda colocou os setores de pesquisas em alerta novamente na safra 2017/2018.
Em novembro de 2017, a praga infestou campos de soja plantados em Goiás com a tecnologia RR2 (segunda geração dos transgênicos), uma semente que promete manter esse inseto longe da plantação, porque contém uma proteína tóxica à lagarta que, se ingerida pelo bicho, o leva à morte. Não foi o que aconteceu.
Embora recomende o uso de defensivos só em último caso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) liberou, poucas semanas após este caso virar notícia, a comercialização do benzoato de emamectina no Brasil para combater as lagartas. O produto teve uso autorizado em caráter de emergência em 2013. Agora, está liberado definitivamente no país. Entenda melhor a repercussão da infestação e conheça o clico da Helicoverpa armigera:
![Campo Aberto (Foto: ) Campo Aberto (Foto: )](https://s2.glbimg.com/osMUg_nVD5yE7T57venYaxMSJZQ=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2018/01/03/c5.jpg)
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