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Jumentos seriam abatidos em frigorífico da cidade (Foto: Divulgação/SOS Animais Itapetinga)

 

Aproximadamente 800 jumentos estão sofrendo com a falta de água, alimentos e cuidados adequados na Fazenda Santa Rita, que fica nas margens da rodovia BR-116, no município de Euclides da Cunha (BA). O caso ocorre dois meses depois da Justiça Federal da Bahia fechar um abatedouro do animal no Estado. Desde setembro passado, denúncias de maus-tratos com jumentos foram divulgados na Bahia, onde o abate do bicho havia sido autorizado no começo de 2018.

Até o momento, cerca de 200 jumentos já morreram de fome e sede. Funcionários da  Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) já foram até a propriedade verificar a situação. Um chinês e um brasileiro, apontados como responsáveis pelos animais, foram encaminhados para a delegacia, onde prestaram depoimento e depois foram liberados. O caso deverá ser encaminhado ao Ministério Público para abertura de um inquérito.

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Foi constatada, na fazenda, a presença de duas valas que foram abertas para desovar os bichos mortos. Ainda assim, existem jumentos que estão agonizando no chão em meio aos animais vivos que estão magros, doentes e em condições precárias.

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O prefeito de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro, confirmou o caso em seu Facebook. Segundo o laudo de vistoria da prefeitura, a propriedade deveria servir de abrigo temporário para os jumentos, mas o tempo determinado já foi ultrapassado. Com o fechamento do abatedouro em Itapetinga, os animais tiveram que ser encaminhados para outro local. 

Laudo de vistoria da prefeitura de Euclides da Cunha sobre a morte dos jumentos (Foto: Luciano Pinheiro/Reprodução)

 

“Estamos monitorando e tomando as providências cabíveis em relação aos jumentos encontrados em cativeiro inadequado e preparados para ser enviados ao abate”, disse Pinheiro. “Em consequência dessa visita, foi feito um laudo que serviu de base para ingressarmos com queixa na Polícia Civil e na Polícia Militar.”

A suspeita é que o dono da fazenda esteja relacionado com o caso de Itapetinga, onde diversos jumentos foram encontrados mortos também com sinais de maus-tratos no final de 2018. “Estão confinando os jumentos e suspeitamos que estejam ocorrendo abates clandestinos”, declara Rebeca Almeida, voluntária da ONG SOS Animais de Itapetinga.

Ano passado, a justiça da Bahia havia autorizado o frigorífico Sudoeste, em Itapetinga, a abater jumentos para fins comerciais. A carne o couro dos bichos são exportados para a China, onde os produtos são encaminhados para as indústrias farmacêuticas e de cosméticos. 

Terreno de confinamento de jumentos não tem proteção contra o sol e chuvas (Foto: Divulgação/SOS Animais Itapetinga)

 

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